Ontem ao final da tarde fui com um amigo buscar o meu filho à escola, e ficámos os três na conversa ao lado de um café que vende cerveja barata e ainda por cima oferece bolachas ao Manuel. Perfeito. De repente aparece uma velha a dizer a uns moços que não podiam estar sentados à porta do prédio. Reconheci a megera: há cerca de um ano ela e o marido tinham implicado comigo e com uns amigos precisamente no mesmo local, porque nos estávamos a abrigar da chuva à porta dela.
Quis então o destino que, por intermédio das noites mal dormidas das últimas semanas, a velha me viesse agora a encontrar rabugento e sem a paciência de há um ano atrás. Teve o azar de vir novamente implicar com a minha pessoa, sendo que a minha pessoa tinha dormido apenas duas horas. Ralhei (bastante) com a velha e disse-lhe para não me dirigir a palavra.
"Olhe, chame a polícia."
Ora hoje de manhã, num cruzamento onde estava um polícia, passam dois carros no vermelho e ficam à minha frente a impedir a passagem. Isto mesmo nas barbas deste inútil, que estava agarrado ao telemóvel, provavelmente no grupo de watsapp "Pela Lei e pela Grei". Ralhei com o homem:
"Shôr agente, então, não se faz nada...?"
Ficou sem saber o que dizer, e meio atordoado lá mandou os carros recuarem.
- Estava a ver que tinha de chamar uma velha.