2009-06-30

Ken you?


No, you Ken't.

Pois é, meus amiguinhos e minhas amiguinhas, por muito que o Ken tenha tido ao longo dos tempos tentações de vária ordem que envolvessem por exemplo saltar à cueca à Barbie ou pedir-lhe um fellatio todo ele feito em plástico, isso nunca foi possível. Sim, não podemos mais continuar a escamotear esta realidade:

O Ken não tem pixota.

É verdade. Triste, claro, mas verdade. E dói tanto às raparigas que pela primeira vez despem o Ken, como aos rapazes que viram a Barbie ao contrário e lhe tiram as cuecas. Vêm o quê? Polietileno. Uma plana e desinteressante zona pélvica de plástico. Isso e mamas operadas na Zâmbia, onde se esquecem sempre de voltar a colocar os mamilos. Uma desilusão.

Posto isto, proponho à Matel o desenvolvimento de versões mais realistas do casal de plástico mais famoso do mundo:

Ken Pixota & Barbie Cenáita

Para podermos dar largas à nossa infantil imaginação e inventar novas brincadeiras inocentes:







...Esta última foi uma brincadeirita do Sá Leão quando era pequeno e lhe ofereceram a primeira Kodak...

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Camónes, babes, babes allright


Toda a gente sabe que os turistas ingleses que vêm para Portugal são em geral os mais rascas de que a Rainha dispõe para nos enviar. E então os espécimens com que me deparei ultimanente, são efectivamente uma Real Cagada.

Em Cascais, no concerto de Mariza, fiquei à frente de um casal de ingleses daqueles que já falam português e tudo, assim rosadinhos e luzidios. E o sacana do velho implicou que eu era alto demais para estar à frente dele e chuta um you are too tall, can't you see that?, como se eu tivesse culpa de a minha mãe me ter dado Farinha 33 quando eu era mái novo...

Eu, do alto do meu british accent, sugiro-lhe educadamente: fuck off!, coisa que o indignou ainda mais, mas que estranhamente também o acalmou, talvez por não querer levar na tromba ou assim, não sei bem.

Mas a queixa deste gajo não se compara às alarvidades citadas pela revista Sábado a partir de um artigo do The Daily Telegraph, simpaticamente enviado pela minha amiga Borboleta. Coisinhas como:

"O topless devia ser banido. O meu marido passou o tempo todo a olhar para outras mulheres"

"O meu noivo e eu reservámos um quarto com duas camas, mas fomos colocados num quarto com cama de casal. Agora estou grávida e considero-vos responsáveis (...)"

"Os lojistas são preguiçosos por fecharem à tarde. Eu preciso muitas vezes de comprar coisas durante o período da siesta - isso devia ser banido.

"Havia demasiados espanhóis no local. A recepcionista fala espanhol e a comida é espanhola.", disse e com razão um cámone depois de ter passado duas semanas de férias em praias espanholas.

"Ninguém nos disse que havia peixes no mar. As crianças ficaram assustadas."

"A vossa areia era amarela, a verdadeira era branca.", queixa-se um beef, devido à foto do catálogo da agência não corresponder à cor esperada.

E a melhor queixa de todas: "A praia tinha demasiada areia."

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2009-06-29

A maior paella de Portugal


A minha avó é que não sabe desta, senão ninguém a agarrava até ela e o meu avô engolirem 3 ou 4 arrobas de paella cada um.

Se queres vender colchões, pomadas, tampareleres, relógios de cuco, baixelas de prata, conjuntos de pratos fatelas com merdas em ouro ou se simplesmente aprecias enganar velhotes e apropriar-te das suas reformas, sê assistente de excursão! Empanturra o teu velhote e vende-lhe uma merda sem jeito nenhum à tua escolha!

Pode-se ler ali em cima (se clicarem na imagem para aumentar) a referência a uma "amena demonstração comercial", o que é já uma promessa de que não vão chatear muito. Tretas, porque os meus avós uma vez foram à Nazaré de excursão e vieram de lá com um colchão ortopédico, duas almofadas de latex, um conjunto de lençóis e outro de atoalhados. E já tinham. Deram aos meus pais.

Diga-se de passagem que também não foi nada caro, porque ficou por menos de 2.500 euros, devido ao simpático desconto.

E de caminho ainda puderam visitar as exuberantes praias da Costa de Prata e ver como passam férias os ricos na exuberante Consolação ou na glamorosa Vieira de Leiria.

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Desejo concedido.


Caro Deus, ou São Pedro ou lá quem é que fez este bonito serviço:

- Quando eu disse "epá, o que eu queria mesmo era continuar debaixo de água quando se acabarem as férias..." não me referia a chuva torrencial pelos cornos abaixo. Era ver isso.

Obrigado.

Com os melhores cumprimentos,
tiagugrilu

2009-06-19

É triste mas é verdade...


Xau pessoal, tou de Férias!!!



Nota: O tasco reabre no início do mês de Julho.

Michelito, já te tenho dito que não é bonito andares por aí a matar


O mexicano Michelito Lagravére foi impedido de tourear no Campo Pequeno pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, onde iria fazer a lide a um bezerro com cerca de 200 quilos. Não se percebe porquê tanto alarido. Eu com a idade dele - onze anos - também tinha que lidar com bezerras sensivelmente do mesmo peso... Olha a minha professora de História do 6.º ano, por exemplo... Ou a senhora do bar da escola que dizia "Queres um S'lero de morango ou de manga?". E magoei-me gravemente, ou assim?

- Claro que sim, mas já passou. Foi daquela vez em que ela me estrafegou com tanta força, que eu quase cuspi o molho de cebolada do almoço para a mesa de ping pong. Só porque eu fiz um puxanço que projectou a bola de ping-pong em velocidade cruzeiro direitinha à testa dela... E porque ficou com um vermelhão na testa assim tipo as indianas, mas mais esbatido e mais largo... Injustiças.

Mas voltando à vaca fria, fiquei a saber que Michelito lidou já este ano "um novilho com 348 kg muito sério de cara".

E eu sei porque é que o touro estava sério.

Só no ano passado, o sacana do puto toureou 60 novilhos, arrancou 111 orelhas e sacou 29 rabos*. Que coisinha bonita para ele pôr no quarto ao lado dos playmobil e dos legos, não é?

*Marca só comparável à do mítico rabujador Cláudio Ramos.

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Telebirra

Escova de aço, lixa, tinta e pincel... Confere. Classificados do Correio da Manhã com "Bumbum virgem da Amadora, 24 aninhos, só cavalheiros", cadeira e pano velho... Confere. T-shirt que nunca uso, calças rotas, cerveja... Onde é que eu meti as cervejas? Atrás da alface? Não... Ao pé do molho de tomate? Atrás dos tâmparuléres? Não... MERDA.

Sem cerveja não há bricolage, toda a gente sabe disso. Só havia uma solução e essa solução chamava-se LIDL.

Abasteci o depósito e rumei à Loja Alimentar LIDL mais próxima. Fiz as minhas compras, e esqueci-me que tinha ido de mota.

Na viagem de regresso, os sorrisos e os acenos. A admiração dos homens, o desejo das mulheres. As cabeças seguiam o movimento do velocípede como que atraídos por alguma força sobrenatural. Houve até uma senhora que, num semáforo, sacou da máquina fotográfica de dentro do porta luvas.

Porquê?

Porque eu ia com um sorriso incontido, a guiar isto:

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2009-06-18

Vota Xiripiti


Vota no Xiripiti do dia por um café com companhia.

Xiripiti, avança! Com toda a confiança!

Xiripiti é fixe.

Xiripiti. Nunca baixamos os braços, a não ser quando já começam a pesar.
Vota Xiripiti
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XI-RI-PITI UNIDADE SINDICAL!

Instruções de voto: procurem o questionário na coluna direita. E não votem em cenas.
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2009-06-17

Vila Nova das Fobias


Passam duas horas e meia das quatro da tarde e a azinofobia do puto começa a dar sinais quando este olha aterrorizado para o pai - nada oenofóbico mas com uma aerodromofobia latente - que já vem com os copos, depois de o glorioso ter perdido outra vez com o Paços de Ferreira. "Foi um móvelzinho de 4 gavetas", disse Zé Tó, o vizinho sportiguista que estava sempre na rua, visto que padecia de domatofobia. E também padecia que era parvo, às vezes. Relação complicada, a de Zé Tó com Laurinda, assomada à janela a ter um ataque de dromofobia depois de ter ido ao mercado comprar couves à outra que é ablutofóbica e que por isso cheira mal como o caraças.

Passado o susto, o puto sai de casa e vai ter com o seu maior amigo, o Manel, um autofóbico de primeira categoria, que brincava às aicmofobias com a avó Lena, que entretanto tinha fugido com o susto e atravessa a estrada sem notar que vinha lá o Zé Marinheiro, sofredor de talassofobia, que com tanto medo de embarcar na traineira "Andacáqueujátafogo" conduzia a sua Famel a 20 à hora (porque também era tropofóbico e andava sempre em primeira) e abalroou a avó Lena. A primeira a ver o atropelamento foi a Alzira, mas não foi lá por ser tapinofóbica, no entanto chamou o Ti Miguel Coiso, que prontamente a assistiu, levando-a em braços heroicamente. O pior foi quando a avó Lena lhe disse ao ouvido um sentido "obrigado por me ajudar" e foi prontamente largada no chão, devido à verbofobia crónica de Coiso.

E teve que ser o puto mais o Manel a ajudar a avó Lena a levantar-se. Levaram-na para o largo do coreto, onde nesse momento o Zé Nabo corria com a pixota de fora atrás do Vasquito, que corria com os calcanhares a bater no cú por causa da urofobia que tinha desde que Zé Nabo uma vez o apanhou distraído naquele acampamento em Sagres. Sentaram a avó Lena num banquinho de jardim e enquanto lhe davam água para ela se recompor, aparece o Quinito dos olhos esbugalhados, um gajo que nunca fechava os olhos porque era ablepsifóbico e pergunta o que se passou.

- "Nada de especial", responde um estranho que passava e que tinha visto tudo.

Ficaram todos impávidos olhando o estranho. Todos sem excepção: o puto e o amigo Manel, a avó Lena, o pai do puto, o Zé Tó, a Laurinda (à janela), o Zé Marinheiro, a Alzira, o Ti Miguel Coiso, o Zé Nabo, o Vasquito e o Quinito.

Daí a poucos segundos, morreram todos.
Excepto o estranho.

Causa da morte: ataque cardíaco, motivado por Afobia.



Confusos? Procurem aqui.

Special thanks to Tiago Rodrigues.
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Virgem Suta

Já há muito que não assistimos à chegada de talentos genuínos ao panorama musical português. Ou já cá andam há muito tempo e só agora foram editados, como é o caso dos Orquestrada, ou chegaram agora e já cantam recorrendo a filtros de voz de última geração. Os Virgem Suta são exactamente o oposto. Acabaram de chegar e trazem a cultura do fado de tasco aliada à poesia de café, daquela que se escreve nas toalhas de papel, mas com talento. Poesia nua e voz crua:



Como alguém disse, até cheira a tinto.

O Fanã


Pediram-me para escrever sobre essa variável constante da cultura portuguesa que é o Fanã. Sou incapaz de recusar um pedido, mesmo que seja para explicar uma coisa que não faço a mínima ideia do que é. Mas vou aventar aqui umas verdades sobre essa criatura, e conto com o apoio de tod@s para definir o indefinível.

1 - Tenho para mim que cada localidade portuguesa digna desse nome tem um Fanã.

2 - Fanã seria na sua origem, um diminutivo de Fernando.

3 - Qualquer Fernando que seja um bocado "personage" passa a ser Fanã.

4 - Qualquer indivíduo que seja o maior "personage" da sua terra é também ele um potencial Fanã.

5 - Fanã é por exemplo este treinador português no Kuwait.

6 - Fanã é por exemplo o dono deste café de Loures.

7 - O Fanã podes ser tu.

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Eu no Xukebox


Mais uma vez fui convidado a ir para dentro da Xukebox. Só que me esqueci de publicitar. Bem feita, que não tenho lá nenhum comentário. Passem por lá e digam de vossa justiça.

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2009-06-16

Santo António, o maior português do Portugal


Fernando nasceu em Lisboa numa casa que estaria no local onde agora se ergue a Igreja de Santo António. Nasceu portanto às portas de Alfama, sendo a sua formação iniciada ali ao lado na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), passando depois para o Mosteiro de São Vicente de Fora, ali como quem vai para a Feira da Ladra.

Fernando foi depois baptizado de Martim António Franciscano, para se livrar da fama que tinha adquirido nas ruas de Alfama, onde durante o Mundial de Futebol de 1212 não largava a sua sande de courato nem as grades de mines sempre que havia jogo da Real Selecção Portugueza.

Erro crasso. Além de não contar com este blog para o desmascarar, ainda ficou com nome de beto.

Para comprovar esta teoria de que Santo António era um gajo d'Alfama, disponho de vários episódios em que Fernando já estava com um cabeção do caraças:

Certa vez, na cidade de Rimini em Itália, tal era a grázine, começa a dar uma seca do caraças a quem? A peixes.

Outra vez, no concelho de Mação, (ver infopédia) que por acaso é perto ali de Abrantes, andava o Fernando com uma cabra tão grande, que atravessou o Tejo em cima de um feixe de lenha.

A maior das bubas foi quando condenaram o seu própiro pai à forca, pela morte de um gajo qualquer certamente também ali de Alfama ou da Mouraria. Deve ter sido por causa das marchas ou assim. Fernando vai e ressuscita o morto para ele jurar que não tinha sido assassinado pelo pai do Santo.

- Imaginem a carga de porrada que ele não aplicou no falecido para o gajo ressuscitar e as biqueiradas que não lhe deve ter aviado no queixo para depois o obrigar a jurar.

Uma outra grande carreirinha de minis pela goela abaixo manifestou-se quando, em resposta a uma confissão de um tal de Leonardo que tinha dado uma biqueirada à mãe, Fernando diz "epá... [hic!] o melhor é cortares o pé!" e o gajo vai e corta mesmo. Vem a mãe aos gritos e o Fernando faz o quê?

- Cola o pé do chavalo no sítio outra vez.

Milagre?
- O caraças: toda a gente sabe que os gajos de Alfama sempre tiveram jeito para a bricolage.

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Mas ó Reinaldo, fostes a Madrid ou fostes à Paris?


Já começa a ser tradição. Um gajo enriquece, fica famoso e vai dar uma volta para conhecer os EUA e sai à noite com a Paris Hilton, indo depois duas horas com ela para casa da irmã (a Hilton, não a Reinalda). Jogar à bisca de nove, obviamente.

Até já se diz por aí:

"Ir a Los Angeles e não ir à cenáita à Paris Hilton é como ir a Roma e não ver o Papa"

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Cabelinho à Fôdasse

Era assim que se escrevia, com erro gramatical incluído. O cabelinho à fôdasse foi um ícone em termos de corte capilar nos anos 80, pelo menos ali na Zona Centro.

Consistia numa delicada operação de remoção total das patilhas, e quem o fazia com gosto era a São Cabeleireira que, caso nos distraíssemos, fazia-nos uma razia de tal maneira efectiva, que as não-patilhas chegavam a entrar pelo couro cabeludo acima. Quem não tinha atenção saía de lá com um estilo Anti-Quique que metia respeito.

Eu uma vez estava desatento e já saí de lá com as patilhas a roçar o cabelinho à fôdasse, mas nada comparado com o Espinuca, que devia adormecer ou assim e aparecia mensalmente neste estado:



Tenho para mim que a São Cabeleireira tinha como objectivo máximo um dia fazer um cabelinho à duplo-fôdasse a alguém. E o que é um cabelinho à duplo-fôdasse?

É isto:



Até o Menino Jasus está a olhar de lado e a dizer "Xii, ó Santantónio... G'anda merda, pá..."

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2009-06-15

Foi você que pediu?



Lesbianix.

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Foi você que pediu?



José Cidix, Pitelhix de José Cidix e Disco de Ourix.

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Vivó Santantónio


Espero sinceramente que alguém tenha visto o programa que a RTP transmitiu em directo de Alfama, com o Malato a apresentar. E espero ter gritado suficientemente alto para ter sido ouvido. Estou convicto de que sim, porque repeti só umas 40 vezes:

CHUPA-ME O MALAAAAAATO!

Ah, e mandei sms's com isso escrito a quem já estava a dormir.

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2009-06-09

Declaração (de Estupidez Aguda)


Não conseguiram ler? Ali na caixa de comentários têm a melhor interpretação de sempre. Procurem um A com bigode. Além dessa leitura, que aconselho vivamente, deixo aqui a transcrição que obtive recorrendo a elaboradas técnicas paleográficas:

Kundusia a mota [matrícula] enprestado pela meu
irmão Zé Carlos é Komu nãu levava Kapasete
a polísia madou parare Kon carro disfrasado
eu tive medo porque na discuteca Kiserau me
Bater mas na IC19 sentido Lisboa sintra Kuado
eu ia na via sentrale um carro da polísia
veio de trás é já ou meu lado direito Komesarau
aos Zig Zagues aos utrapasaram-me meteram
se a minha frete é travaram de repente é eu
nau Kusigí invitar u embate na traseira isquerda
du carro da polísia pelu Ke a Kulpa foi da
polísia. infromu que se a Kompanhia de seguros

[nome da companhia] fora obrigada a pagar us prejuizos
du carro da polísia istou na dispuciçao de a
reembolsar a Kompanhia mas em mensalidades
suaves de montante a acordar porque eu
acusei alcool.

Damaia, 30 de Desembro de 2007


P.s.: Notem que o gajo tem um sotaque tão carregado, que perpassa para a escrita. E tem bom coração: não quer infligir à Kompanhia de seguros o pagamento de um acidente cuja culpa foi da polícia (que injustamente o mandou parar só porque ele não tinha capacete) mas pede suaves prestações mensais, porque acusou álcool.

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Tenho que ser eu a fazer tudo...



Pronto.
Aqui está finalmente o Clemente e o zzz zzz zzz sou uma abelha num blog.

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Pega aí no Microfone



Hoje estava a ver o "Portugal no Coração" enquanto almoçava e vejo um senhor a prestar homenagem à sua mãe, que fazia 100 anos. Tudo muito bonito e tal, não fosse o homem estar a pegar no microfone como quem quer falar através da testa. Era assim a modos que como quem leva a tocha olímpica. Mas sentado numa cadeira.

Tentei encontrar na tranéte fotos que pudessem ilustrar isto, mas em vão. No entanto, desse trabalho de pesquisa resultaram estas interessantes imagens:





Bitáites Matinais


Ia eu a sair quando entram 3 obreiros para a casa ao lado da minha, e ouço o último dizer "Lllligá lujjj, pá, a lujjj, a lujjj, a lujjjjj pá".

E solta-se-me um "Deves andar a misturar bagaço no leite, tu."

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2009-06-08

Dedicado às pessoas que ainda não se levantaram, sendo que já são dez e quinze.


Cheguei há pouco de Pernambuco, mais precisamente da cidade de Olinda. Confesso que não fazia ideia de que esta localidade existia, e provavelmente a razão de lá ter ido parar foi por isto aparecer nas "7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo". Fiz a viagem com um grande amigo meu, sendo que a minha namorada foi lá ter pouco depois. Encontrou-nos numa livraria, onde eu tentava arranjar um guia da América do Sul, para saber exactamente onde era o Estado de Pernambuco no mapa do Brasil. Isto, claro, enquanto o meu amigo falava com uns maconheiros que pareciam de confiança.

Quando estava tudo a compor-se para umas feriazinhas bem passadas, começa na livraria uma música estranha, que nós conhecíamos de algum lado. Talvez fosse do radiozeco da livraria, mas ouviam-se melhor os agudos do que os graves. Todos conhecíamos a música mas ninguém sabia o nome. Todos conhecíamos a música mas ninguém queria acordar. Era Kid Loco. O álbum, Prelude To A Grand Love Story. A faixa, era a número 1.

Filha da puta do alarme.

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2009-06-05

Mantendo os níveis de insanidade lá em cima

Ontem experimentei a ir nisto,

com isto nos ouvidos,

- coisa que pode ser extremamente perigosa, mas que vale bem a pena se vos fizer ir a cantar isto bem alto enquanto passam no meio dos carros:



Kazakhstan greatest country in the world.
All other countries are run by little girls.
Kazakhstan number one exporter of potassium.
Other countries have inferior potassium.

Kazakhstan home of Tinshein swimming pool.
It’s length thirty meter and width six meter.
Filtration system a marvel to behold.
It remove 80 percent of human solid waste.

Kazakhstan, Kazakhstan you very nice place.
From Plains of Tarashek to Northern fence of Jewtown.
Kazakhstan friend of all except Uzbekistan.
They very nosey people with bone in their brain.

Kazakhstan industry best in world.
We invented toffee and trouser belt.
Kazakhstan’s prostitutes cleanest in the region.
Except of course for Turkmenistan’s.

Kazakhstan, Kazakhstan you very nice place.
From Plains of Tarashek to Norther fence of Jewtown.

Come grasp the mighty penis of our leader.
From junction with the testes to tip of its face.

2009-06-04

Ésses no singular? Para...?


Para quê usar o S em palavras como:

Sande
Téni
Lápe

?

Proponho que com o acordo ortográfico se possa oficializar o que a cultura popular há muito cristalizou:

Uma sande, duas sandes
Um téni, dois ténis
Um Lápe, dois lápis

E como toda a regra tem a sua excepção:

Um clips, dois clipérzes.

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Super Mercados

Sou fã da cultura popular. Já aqui o disse e repito: é comédia por lapidar, são bitáites no seu estado mais puro, é como beber água directamente da nascente da parvoíce. Por gostar tanto, conheço pessoalmente cromos do calibre do Bolachinha Americana (conheço-o de há muitos anos, ainda ele não sabia cantar Jack Me Agger) e sinto-me como peixe na água tanto nos tascos como nas festas populares mais pimba.
Tenho até um trabalho fotográfico só sobre a indumentária das gajas que vão a essas festas. Um dia hei-de postar aqui algumas das fotos que muita cerveja me custaram, para as conseguir tirar. A cerveja foi para mim, não para elas, obviamente.

É nesse sentido que muito me apraz partilhar convosco isto:



Seguindo o estilo da Liga dos Últimos, o Super Mercados renova a aproximação ao Portugal mais genuíno, aquele que nos dá pérolas como:

"Mas é Marco Paulo. Pois é... sempre foi..."

"Estive na Guiné, o meu marido era tropa e ele esteve lá na tropa. Mas já era rabidoche nessa altura."

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2009-06-03

A Chave ou o Dinheiro?



Quem é que é aquela senhora?
- Exactamente. É a Amiga Olga.

Mas não é a nossa Amiga Olga. É a Amiga Olga dos Russos. E não apresenta programas de televisão, é apenas uma cabeleireira que sabe artes marciais e é tarada, como tantas outras por essa ex-União Soviética fora.

Olga, de 28 anos, trabalhava descansadinha no seu salão quando Viktor, um meliante de 32 Primaveras decide entrar por ali adentro e assaltar a pobre cabeleireira. O que Viktor não esperava era ser posto knock out equanto o Malato esfrega um olho. Depois de lhe aplicar umas valentes bordoadas a la Karaté Kid, Olga leva Viktor para uma sala reservada, onde usa um secador (não perguntem como) para obrigar o assaltante a render-se, amarrando-o depois.

Aqui era a parte em que Olga chamava a polícia. Mas não. Em vez disso, vai de ir buscar uma caixa de Viagra e obrigar o homem a engolir os comprimidos. Olga abusou dele várias vezes, durante dois dias seguidos.

Assim que foi libertado, Viktor foi ao hospital porque tinha o pénis dorido e foi apresentar queixa na esquadra.

Diz-se por aí e é verdade: "A Realidade às vezes supera a Ficção". Ao que eu acrescentaria "Porno".

(Podem clicar no link à vontade, que não vai para a revista Gina)

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2009-06-02

Hipopateticamente


Desde puto que muitas vezes penso no que faria se de repente todas as pessoas no Mundo ficassem imóveis durante 24h. A maior parte das coisas que imagino incluem roubar Ferraris, roubar dinheiro, enfardar comida gourmet e beber os vinhos mais caros do Mundo.

Ou seja, acabaria o dia com isto espatifado:


mas cheio disto:

parado dentro de uma valeta qualquer, a vomitar disto

ensopado nisto:




- E vocês, o que fariam?

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Academia de Chuis


Hoje. Conversa com o professor de Direito:

Há aqui gente com grandes capacidades, pá, mas também há com cada burro...
- Mas porque diz isso?
Porquê? Olhe esta: coloquei uma questão no teste de ontem que dizia mais ou menos isto:
"É um crime punível por lei, o acto de um homem agredir a esposa? Porquê?"
- Sim... [sorriso de quem está à espera de bojarda]
Epá, aquilo tem ali uma rasteira, que faz com que você tenha mais pontos, se responder que, apesar de não ser um crime no código X é crime no código Y.
- Percebo.
Epá, e há um atrasado que me responde: "Não. Porque é normal."

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2009-06-01

Verdades de La Police


Acabo de ligar para a Escola Superior de Polícia, por questões de trabalho. Assim que acabo de digitar o último número, oiço logo:

NÃO TRAGA QUANTIAS ELEVADAS NA CARTEIRA E DISTRIBUA O DINHEIRO QUE TRAZ POR VÁRIOS BOLSOS.

E eu, pasmado, fiquei sem reacção. E ainda bem, porque era uma gravação e seria vergonhoso a telefonista atender e ouvir-me "sim, sim, senhor agente, assim o farei, mas por favor não me mate..."

E vai a telefonista e diz-me que a dótôra está ao telefone e pergunta se quero aguardar. A custo, lá contive o SIM, POR FAVOR, DÁ-ME MAIS DAQUELAS CENAS DO BÓFIA A MANDAR BITÁITES! e respondi "sim, sim, muito obrigado", palavras mágicas que me deram acesso a estas preciosas dicas:

NÃO DEIXE OBJECTOS À VISTA NO INTERIOR DA SUA VIATURA;

DEPOIS DE ESCURECER PROCURE ESTACONAR NUM LOCAL BEM ILUMINADO;

EVITE DESLOCAR-SE SOZINHO DURANTE A NOITE;

QUANDO LEVANTAR DINHEIRO NUMA CAIXA AUTOMÁTICA, CERTIFIQUE-SE DE QUE ESTÁ NUM LOCAL MOVIMENTADO;

Tenho a certeza de que se continuasse a ouvir até ao fim, eles concluiriam com:

"PARA NÃO NOS DAR TRABALHO E PODERMOS COÇAR A NOSSA MICOSE* DESCANSADINHOS"

Onde se lê a nossa micose, leia-se "Os Tomates", se assim o entenderem.

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A porrada é como as cerejas


Dediquei o fim de semana que passou a uma actividade que muito significa para mim: roubar fruta. Quando era pequeno tomava de assalto um morangal que havia perto da minha casa. Eu e mais uns amigos do alheio passámos dois Verões inteirinhos a lanchar morangos, até sermos apanhados e confessarmos tudo: "nós costumamos descer pelo seu morangal de bicicleta e ainda ontem apanhámos os gajos aqui a roubar..." e o homem até agradeceu o facto de nós os termos apedrejado, "porque isto é só ladroagem e já me comeram metade do morangal".

Mas o requinte na arte de roubar fruta desenvolveu-se com a aquisição de automóveis, que nos levam para pomares longínquos, neste caso na serra da Gardunha. Henry Ford nunca sonhou que a sua invenção haveria um dia de servir para roubar tantos quilos de cerejas. Depois do gamanço, deu a sede e fomos à fonte do largo principal de uma aldeia. O carro parado ao lado da fonte impediu por momentos a passagem, e um carro que vinha de frente foi obrigado a parar no meio do largo. Assim que o fez, pára o funeral que ia a saír da igreja e vêm meia dúzia de gajos abrir-lhe a porta e começam a oferecer-lhe fruta. Fruta da grossa: pêros nos dentes vi eu oferecerem-lhe uns 20 ou 30. Ao condutor e à mulher, que entretanto tinha sacado do sapato de salto alto para dar nos distribuidores de fruta, o que foi um erro crasso, visto que além de levar também ela uma peça de fruta, ficou sem o sapato.

Assim que acaba o espancamento, vem um dos gajos na minha direcção, passa ao meu lado na boa, entra no café e diz "Chama aí a polícia, que eu pago."

E eu a pensar "Mas pagas o quê? Os dentes ao homem?". Durante este pensamento, devo ter feito uma cara tão estranha, que ele sentiu necessidade de se explicar e diz-me:

"O homem queria que o funeral parasse, para ele passar de carro. A gente disse para ele recuar, para passarmos, e ele começa a fazer sinais de luzes e fez-nos assim com o dedo. Agora meta-o no cú!"

- Ele fez isso?

"Fez. Agora meta-o no cú."

Depois disto fiquei a saber que a localidade tem um longo histórico de dar porrada aos visitantes mal intencionados. Disse o filho do presidente da junta (sim, porque apareceu a aldeia em peso, padre incluído): "Isto agora está melhor. Antigamente tocava-se o sino da igreja e vinha a malta toda espancar os gajos."

E eu "Ah bom, ainda bem que agora é tudo mais pacífico..."

Alcongosta: boa cereja e porrada com fartura.
Ainda bem que eu gamei as cerejas noutra freguesia.

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