2006-10-24

Plagia-me que eu gosto

A recente troca de mimos entre Miguel Sousa Tavares e o(s) autor(es) do blog http://freedomtocopy.blogspot.com/ , está a dar que falar e que pensar...

Parece que a velha técnica universitária de plagiar parte de um texto e depois referenciar na bibliografia a sua origem (para dar um ar de honestidade e integridade) está a ganhar adeptos entre os best-sellers instalados na Lusolândia.

Depois de Clara Pinto Correia ter sido descoberta a vender texto alheio para a Visão, depois de Eduardo Prado Coelho ter sido confrontado com o plágio de uma obra de João Ubaldo Ribeiro, eis que o duplo de Marcelo Rebelo de Sousa (quem mais o substituiria na TVI com comentários sábios acerca de tudo e de todos?) se arrepia de repente.

«Freedom at Midnight», de Dominique Lapierre e Larry Collins é o calhamaço em causa. Sousa Tavares, chico-espertamente como qualquer português mediano, em lugar de colocar aspas, previu que os leitores o descobrissem sozinhos ao passearem pelo seu Equador.

Para quem leu o Equador e não sabe o que significa "aspas", são simbolozinhos que MST deveria ter usado entre o princípio e o fim de alguns parágrafos.

A isto acresce que Miguel Sousa Tavares respondeu ao tal blog num jornal como o 24h. Porque não comentou no próprio post? ... Ou num jornal a sério?

2006-10-16

A velhota

Vespa 150 Sprint de 1967

Eu e o meu pai já há uns tempos que andávamos a sondar quem teria uma vespa igual à que nos transportou antes de ele ter comprado o seu Citroën Visa Club. Pois é, na altura - há 20 anos atrás - éramos só 3, e viajávamos todos na nossa Vespa.
Eu tinha 4 ou 5 anos e já me enfiavam um mini-capacete na tola ainda eu estava meio a dormir, depois o meu pai colocava-me entre as pernas dele, e eu agarrava-me ao pneu suplente (que estava à minha frente) e fazia do conta-quilómetros a minha almofada. Dormi muitos quilómetros assim, dizem os meus pais.

Não é possível descrever por palavras a sensação de ter de novo uma destas motas... Desde há dois dias atrás que pareço um puto, a andar de um lado para o outro, a reviver sensações como o de ouvir o zumbido daquele motor, sentir o vento na cara... Foi a primeira vez que de facto conduzi uma Vespa (quando era miúdo, o meu pai tirava as mãos do guiador durante uns segundos e eu sentia que era EU o piloto), portanto por favor compreendam este meu estado de histeria compulsiva.

A minha velhota vai passar pela Corporación Dermoestetica das motos, para revitalizar tanto o interior como o exterior. Uns transplantes de peças mecânicas, um peeling à pintura, uns quantos acessórios originais da Vespa, e daqui a uns meses estará como saiu da fábrica, ou seja, assim:


...Ou pelo menos, assim espero. Só não vou colocar aquela grelha à frente. Nesta foto vê-se o local onde o pneu suplente está fixado, que era o meu apoio nas viagens em pé.

Vou retirar os piscas, que não são de origem e não fazem falta nenhuma (só denunciam as nossas intenções), os três tristes tigres auto-colados na parte da frente, e o dístico da companhia de seguros, sobre o qual ainda vou postar aqui um texto.

Ainda há muito para fazer, mas pelo menos a velhota não perdeu a força, e acho que ainda acelera bem (mesmo com 3 pessoas a bordo).

2006-10-09

Sobre a Beleza

Título da minha edição: "On Beauty" e não "History of Beauty"

Desde a semana em que saiu que tenho andado à procura deste livro, e só ontem o consegui comprar. Falta de empenho, dirão. E têm toda a razão. Passados quase dois anos finalmente levei-o para casa, mas isto de ser desatento e esquecido tem contrapartidas:

Ontem, na FNAC:

Eu: Desculpe, eu ando à procura de um livro do Umberto Eco, mas não me lembro exactamente do título... É sobre a beleza...
Rapaz da FNAC: É sobre a beleza.
Eu: Pois... E qual é mesmo o título?
Rapaz da FNAC: É "sobre a beleza".

Foi a única real oportunidade de alguém usar aquele gesto de aspas com dois dedos de cada mão num contexto em que faria algum sentido. Não aproveitou, olha... Nunca mais vai ter uma chance destas.

2006-10-04

Gruas Másculas



Quem habitualmente passa ali ao pé do Lux, já várias vezes deve ter pensado o mesmo que eu: "Quem é que terá dado aqueles nomes às gruas flutuantes?"

Pois é, a Poderosa e a Vigorosa fazem as delícias dos estivadores da marinha mercante lisboeta. Ali estão elas, quais travestis, com nomes a fazer lembrar o Viagra. Se palavra "grua" é, até prova em contrário do género feminino, porque raio foram tatuar-lhes adjectivos tão... fortes? Eu sei que também estão no género feminino (ao menos isso), mas não é coisa que se chame a uma senhora, pronto. Podiam escrever "Gertrudes" numa e "Vanessa" noutra. Ou "Ronalda". (tinha que escrever este nome em algum lado... fiquei fascinado.)


2006-10-03

Gillette for women


Publicidade censurada. Recebi esta foto ontem e ainda não consegui parar de rir.

[Inês, obrigado pelas fotos]

Chocar [com] as pessoas


Publicidade censurada. Se desse para ganhar uns trocos, até punha um destes no meu carro. Assim podia descer a Rua do Ouro à vontadinha, que ninguém tinha coragem para se atravessar à minha frente.

Exame da Próstata

Publicidade censurada. Esta eu percebo porquê. Depois disto, acho que nunca vou ter a coragem de fazer o exame da próstata.

Não há raios laser para estas coisas? Sinceramente...!

Solução para o WTC



Publicidade censurada. Mas está bem visto, não?