2006-09-22

Dia Europeu sem Carros


Já aqui contei a história da Segurança Social. Só não contei os episódios posteriores: hoje é sexta-feira e ainda não consegui resolver a situação. Já fiz 22km de bicicleta entre casa, trabalho e Segurança Social (ir a esta instituição tornou-se quase um hobby) e népia. Na quarta-feira voltei lá, desta vez às 17h. O aviso chegou lá primeiro do que eu...

"Já não há senhas de atendimento"

PORRA!!! Às 5 da tarde? Esta gente adora trabalhar.

Entretanto, a parte positiva: estou a aderir em pleno à semana da mobilidade. Os meus vizinhos os lisboetas (e suburbanos também) é que parece que decidiram todos vir de carrinho. Nos últimos tempos não me lembro de ver tantos carros nas ruas como hoje, o Dia Europeu sem Carros.

Mas não os censuro, de modo nenhum. Eu sei que o chico-espertismo é mais do que uma característica dos portugueses, é uma filosofia de vida, quase uma religião*. Assim, é fácil perceber o que pensou hoje um chico-esperto:

"Eh lá! Dia Europeu sem carros? Hoje saio da Amora mais tarde, deixo os putos no colégio e chego ao Rato ainda a tempo de comprar A Bola e saber do meu Benfica."

Na boa, a sério que percebo. Só não percebo a ingenuidade: então acha que há só um chico-esperto em Lisboa? Toda a minha gente pôs o motor a roncar (mesmo os que só andam ao fim de semana) e arrancou para Lisboa, porque "hoje deve ser uma maravilha andar de carro".

Ainda por cima a C.M.L., também ingenuamente, cortou o trânsito entre o Rossio e a Praça de Espanha, para que só se ande de bicicleta. Resultado: fico eu e mais dois ou três bacanos com 8 km de estradas e avenidas vazias, para pedalar à vontade, porque os outros, esses foram todos de carro.

Nota: Hoje ainda não vi uma bicicleta em Lisboa.

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