Um blog sem tema à vista. "Singelo" é o melhor adjectivo para o descrever, até porque é bastante foleiro e sem graça nenhuma.
2009-02-10
Ditados Populares
Não há nada mais agridoce do que um ditado popular. É aquela tosta mista de encanto da sabedoria popular com estupidez do senso comum derretida, tomate e mangericão, para dar aquele aroma a campo.
Olho para os ditados populares qual Marco Paulo perante uma loira e uma morena... Se por um lado admiro a sabedoria popular (confio mais na previsão metereológica de qualquer velhote da minha terra do que na do senhor do laçarote que sabe todas as cidades onde nasceram todos os escritores portugueses, mas só até ao Realismo), por outro venero o senso comum como a uma religião. Se houvesse uma igreja do senso comum, eu seria acólito. Ou alcoólico. Ou as duas e em simultâneo. Vistas bem as coisas até existe essa igreja e eu frequento-a amiúde: chama-se "tasco".
Uma das coisas que me dá mais prazer é subverter provérbios junto de quem os usa regularmente como argumento ou constatação, e esperar reacções:
Água dura em pedra mole
Tanto fura até que bate
Candeia que alumia
Vai à frente duas vezes
Em terra de olho
Quem tem cego é rei
Mais vale dois pássaros
Do que uma mão a voar
Nunca deixam passar um provérbio mal dito, isso é ponto assente e deve ser um dos pecados capitais, ou vá, pelo menos pecados freguesias. Ou pecados casas-do-povo.
Tal é o hábito de ouvir uma frase a rimar e acenar que sim com a cabeça em jeito reverencial (vulgo slow motion)ou soltar logo um "essa é que é essa", que termina logo ali a conversa.
Obviamente esta pode sempre ir para outros lados, se se soltar um "É verdade, tu já sabias que a filha da padeira..."
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7 comentários:
bico a bico, enche a galinha* o saco
de quem tu foste falar! esse senhor do laçarote da manhã, não há coisa que me anime mais o dia. já tive para escrever sobre ele, mas nunca sei o que escrever que esteja à altura.
Epá... É como eu. Bora lá escrever mas é uma posta a 4 mãos. Escreve aí o que te aprouver sobre o homem e manda para tiagugrilu@gmail.com e eu escrevo a minha cena e devolvo-te. Depois postamos, cada um no seu blog. Que achas da ideia?
eia, isso parece-me altamente! :D
dá-me algum tempo, tenho de ver o senhor amanhã a televisão do quarto está desarranjada e hoje não o vi.
Na boa, até porque isso é coisinha para se escrever com calma. Tenho que ver se saco o nome do homem, pá...
- O que eu me cago a rir logo de manhã com esse homem...
Se bem o pensasteS melhor o dissesteS!
Bruninha,
Ainda bem que cá viesteS.
E deixa-me adiantar-te desde já que
A cavalo dente
Não se olha o dado
Experimenta a juntar “em cima da cama” à 1ª parte do provérbio e “entre as pernas” à 2ª parte.
Exemplos:
1 - Devagar “em cima da cama” se vai ao longe “entre as pernas”.
2 - Pau que nasce torto “em cima da cama” tarde ou nunca se endireita “entre as pernas”.
3 - Não há fumo “em cima da cama” sem fogo “entre as pernas”.
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