Estavam a Banca, o Estado e o Contribuinte a jantar num restaurante, e vira-se a Banca e diz "ah, e tal, manda-se vir o bife do lombo para todos", e diz o Estado "olha...não é mal pensado". O Contribuinte, muito respeitadorzinho das altas instâncias, mantém-se calado enquanto é convencido pela Banca de que o que vinha mesmo a calhar era um créditozinho para as férias. O Estado anuncia com disfarçada ironia que a sua resolução de ano novo tinha sido a de finalmente começar a poupar. A Banca riu-se. O Contribuinte desconfiou, enquanto tratava da papelada para o tal crédito, que por acaso até vinha a calhar porque o Algarve já enjoa. A comida nem era má, boas entradas, um vinho decente e a sobremesa não era de se deitar fora. Beberam o café e fizeram o gesto de "escrever num papel" ao empregado.
Quando ele regressa, entrega a conta numa daquelas salvas de prata muito formais e aperaltadas: São 78 mil milhões de euros, por favor.
E só em whiskys, a Banca gastou mais de 21 mil milhões. O Estado esticou-se nas garrafas de vinho, nas sobremesas e na gorgeta ao empregado, e quem pagou a conta foi o Contribuinte, que até nem aprecia restaurantes onde a comida não enche o prato até às bordas.
Não teve graça nenhuma, pois não?
- Então porque raio é que o Estado e a Banca se continuam a rir?
14 comentários:
não tens jeito nenhum para inventar anedotas, tiagu.
deviam inventar um antónimo de anedota. eu sugiro: tiagu
Ya. Eu sei.
Usei esse meu talento para deprimir o pessoal, como faço habitualmente sempre que conto anedotas.
A ideia era que começasses a ler com aquela cara de "eheh, isto é fixe porque vou-me rir no fim", mas depois ficasses deprimido.
- É basicamente a recente história de vida dos portugueses.
eu percebi :p
agora vou criar uma anedot.. um tiagu, também.
estava um português, um grego e um irlandês. eles entram num bar e pedem umas cervejas, depois vão para casa. um dia morre um deles, outro dia morre outro, e ainda outro dia morre outro. eventualmente toda a gente morre, incluindo todas as pessoas que de quem mais se gosta, incluindo até nós próprios.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
Acho que assustei transeuntes com a gargalhada que mandei aqui no escritório.
Talvez porque os gajos que estão na Banca e no Estado são uns boçais e uns burgessos, pulhas, chupistas e coirões!
Talvez, Bock.
Ou porque são uns filhos da puta de uns ladrões, falsos, cornudos, cabrões e enganadores. Mas não tenho a certeza.
... ou isso.
Mas o mais provável é serem isso tudo ao mesmo tempo.
- És um homem culto, Bock.
o bock é um taxista culto.
Talvez, mas o meu desejo mais secreto era ser um taxidermista do oculto.
Oh céus, como te compreendo.
Vocês são doentes.
Parafraseando o outro:
Toma já um melhoral
Porque é bom e não faz mal
Além disso é legal
Toma já um melhoral
É o melhor e é legal
Toma um comprimido
Toma um comprimido
Toma um comprimido que isso passa
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