A notícia é triste. Na mesma semana em que o centenário Lusitano de Évora extinguiu o futebol profissional sénior, sabe-se agora que o Clube das Virgens perdeu a sua mentora. Não que Margarida Menezes tenha falecido, houve apenas alguém que lhe mandou uma decisiva e epifanizante berláitada.
Quando um clube termina, o pesar é geral. Há que explicar aos sócios as razões do fecho de um ciclo e lançar as bases para o iniciar de novos projectos. No caso de Margarida a coisa é simples: o Clube das Virgens não tinha uma única sócia e os novos projectos são, basicamente, foder.
Agora trabalha à noite numa discoteca lisboeta e colocou meia litrada de silicone em cada mama, coisa que justificou assim: "reparo que os homens olham para as mulheres que têm decotes bonitos, e é claro que também gostava que olhassem para mim". Foi uma queca redentora que a fez acordar para os prazeres da vida e agora está imparável. Não é difícil perceber isto se pensarmos que em média as raparigas perdem a virgindade aos 17 anos, pelo que Margarida tem mais de 11 anos de quecas em atraso e tem que recuperar o tempo perdido. Força, Margarida!
Lembro com nostalgia o dia em que vi Margarida, fundadora e presidente do clube, afirmar na televisão que rejeitava ter relações sexuais sem sentido e não queria uma relação de uma noite ou de um mês. Pois bem, o príncipe encantado montando um cavalo branco com que Margarida humidamente sonhava, finalmente apareceu. Não sendo um príncipe e não sendo dono de nenhum cavalo, o que o rapaz montou foi mesmo a Margarida.
E que mal agradecida é Margarida. Depois de finalmente alguém lhe ter ido lá desentupir aquilo, não quis continuar a relação, dizendo que preferia "alguém que tenha mais liberdade de mente". Chamem-me conservador, chamem-me o que quiserem, mas acho que isto já é ser mal-agradecida para com o pobre rapaz. É como pegar num daqueles coisos para desentupir o lava-loiças, usá-lo para desentupir o lava-loiças, e depois dizer ao coiso para desentupir o lava loiças que ele já não faz falta porque vamos comprar um mais moderno, do IKEA ou assim. É simplesmente injusto.
Ao suplemento "Vidas" do Correio da Manhã, relatou alguns detalhes sobre a sua experiência e acabou por concordar com os sábios conselhos das muitas mulheres que ao longo dos anos a tentaram convencer a deixar de ser virgem: "as minhas amigas diziam-me que o pénis é suave como a pele dos golfinhos, e tinham razão. É muito macio e suave, e não me fez impressão."
Ora aqui está. Se resultou com a ex-presidente do Clube das Virgens, já sabem: na próxima vez que a vossa namorada estiver com dor de cabeça e não lhe apetecer praticar o amor, basta um "mas querida, olha que o meu pénis é suave como a pele dos golfinhos".
