2011-11-21

Ainda bem que trabalho sozinho - I


Acabei de abrir uma garrafa de água de litro e meio entre as pernas, enquanto comia uma bolacha. Normalmente há ali uma margem antes de a água chegar à rolha, um bocadinho de ar que evita catástrofes, mas esta não... Estava cheia como o metro em hora de ponta. Quando abri a rolha, foi como se toda a gente se tivesse acotovelado para sair na estação da Alameda, a correr desenfreadamente para apanhar o comboio da linha vermelha.

Acho que o facto de trabalhar sozinho é mesmo a única possibilidade de ninguém neste escritório desconfiar do facto de eu ter a cadeira ensopada por baixo de mim e as calças molhadas na zona do ding-dong.