Um blog sem tema à vista. "Singelo" é o melhor adjectivo para o descrever, até porque é bastante foleiro e sem graça nenhuma.
2007-11-20
Catchumbe
Convidámos um Shôtôr Especialista para uma entrevista sobre aquele que já foi o mais importante tema de discussão:
As Bolas de Catchumbe.
Grilus Falantis: Shôtôr, o que é o Catchumbe?
Shôtôr: O Catchumbe vem do latim CATCHUMBAMUS e é por isso que ainda hoje em qualquer tasco do país, quando alguém se enerva, não é raro ouvir-se gritar "Oh pá, catchumba-mos!".
Grilus Falantis: Muito bonito. Mas o que é de facto o Catchumbe?
Shôtôr: Os nossos antepassados começaram por fazer bolas de latão e isso era estúpido. E vai daí que alguém roça acidentalmente duas panelas e surge o Catchumbe.
Grilus Falantis: Qual é o aspecto e composição química dessa maravilha?
Shôtôr: Alguém que já tenha dado dois pontapés numa bola já teve a felicidade na sua vida de vislumbrar a parte cinzenta que surge após estar gasto o couro da bola. E isso, meus amiguinhos, é o que os franceses chamam de "Le Catchoumbe". A composição química deste mítico material são duas moléculas de CAT (CAT2) e 44 moléculas de chumbo (Pb44) decorrentes da reação ácido-base gerada à base de pontapé. É por isso que alguns estudiosos denominam este material de "Catechumbo", com O.
A eles, guardo-lhes rancor.
Grilus Falantis: Muito bem. Mas e porque é que este material não é usado no fabrico de outros objectos que não bolas de futebol?
Shôtôr: Tá parvo?
Grilus Falantis: Sim. Mas prossiga, por favor.
Shôtôr: A última vez que se ouviu alguém considerar tal alarvidade foi no Paquistão em 1966, devido à febre do Mundial de Futebol e à escassez de porcelana. Al-Gain, até então professor da Universidade Católica de Islamabad, intentou o uso de Catechumbe no fabrico de um pires de café, o que obviamente resultou na perda de metade de sua cabeça na primeira explosão captada pelo Sputnik do espaço. O professor Al-Gain lecciona presentemente na Universidade Independente.
Grilus Falantis: E como devemos manusear este material?
Shôtôr: Num material tão instável só se pode mexer delicadamente à cabeçada e à biqueirada, daí apenas serem possíveis dois usos para o Catechumbe: Bolas de Futebol de Onze, e Bolas de Futebol de Salão. Naturalmente.
Grilus Falantis: Discordo. E o material dentro das bolas de ténis, não é Catechumbe, shôtôr?
Shôtôr: Largue a mão de ser besta, meu caro. Prossigamos.
Grilus Falantis: Bem... Vamos lá avançar com isto antes que lhe aplique uma cabeçada à Cais do Sodré... Como podemos discernir entre uma bola de Catechumbe e uma imitação?
Shôtôr: Ainda bem que me coloca essa questão. Em primeira instância, em ambiente controlado devemo-nos certificar que ambas são bolas.
Grilus Falantis: E como faz isso, Doutor?
Shôtôr: Primeiramente vemos se uma coisa é uma bola e depois se a outra coisa também é uma bola.
Grilus Falantis: Brilhante!
Shôtôr: Posto isto, deixamos passar 6 horas e observamos de novo. Se continuarem a ser duas bolas então passamos ao estágio seguinte, que consiste em agarrar as ditas e com o ouvido encostado, exercer pressão na bola sem qualquer objectivo aparente.
Grilus Falantis: Muito bem. E depois?
Shôtôr: Posteriormente, bate-se com a bola no chão três vezes encostando-se de novo ao ouvido na expectativa de ouvir um som qualquer, o que acontece frequentemente, seja ela de Catechumbe ou não. Esta operação deve ser repetida intercalada com um "patardo" contra uma parede, avaliando-se de novo o som. Daí, e partindo de uma intuição obscura, deve dizer-se, seguro de si: "isto é de Catchumbe."
Grilus Falantis: Notável... Quer aventar uma explicação para o triste facto de o conceito "Catechumbe" ser transversalmente esquecido por quem tem mais de 14 anos?
Shôtôr: É de facto uma realidade que não podemos escamotear. As razões são algo complexas, e debati-me com elas durante 5 anos e meio, isolado nas montanhas de Freixo de Espada-à-Cinta. Desse esforço resultou esta hemorroidal que não me deixa sentar, e a minha tese de mestrado: "Sexo, Drogas e Catchumbe".
Grilus Falantis: Doutor, estou farto de o ouvir. Voltamos a falar quando eu estiver outra vez bêbedo e me tiver esquecido de convidar alguém para a entrevista. Muito obrigado.
Shôtôr: Pois bem.
Shôtôr: De acordo. Compreendo. Mas... se isto era uma entrevista porque é que tirei as cuecas?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Gosto especialmente dos "assuntos relacionados com temas"... Mt bom!!
acho que percebi... o que tu chamas de bolas de catechumbe, chamava eu de bolas de capão. conjecturo isso baseado apenas no método de avaliação do catechumbe que era em tudo semelhante ao nosso do capão.
Na minha terra, capão é um galo...
Vocês metem galos dentro das bolas? Que cena...
na minha terra também, é um galo capado. eu acho que não metemos os galos nas bolas... mas não o posso afirmar com certeza absoluta.
Enviar um comentário