2009-12-16

Ecobitáite


Diálogo de gajos da Mouraria numa tasca da Rua da Madalena, onde o tema era a importância que Vasco Gonçalves teve na conquista de direitos para os trabalhadores no pós-25 de Abril, e a estratégia que Mário Soares - em conjunto com o governo norte-americano - terá delineado para o afastar do governo, alegando uma perigosa ascensão comunista:

"Ao Mário Soares só lhe faltam duas cadeiras."
"Ah sim?"
"É a cadeira eléctrica e uma cadeira pelos cornos abaixo."


Ecobitáite. Reciclamos o seu bitáite e damos-lhe uma nova vida na Internet.

12 comentários:

Nawita disse...

ah ah ah ah ah

Este é mesmo um blog verde!

Bock disse...

Parece-me uma conversa elevada, para uma tasca da Mouraria...

Nada mal.

A disse...

este vai para o amarelo?

tiagugrilu disse...

Foi realmente uma cena mítica: um gajo maginho com o cabelo oleoso e um gordo estrábico, os dois com os copos.

Mas era pessoal que não era nada burro. É disto que gosto na cultura popular de tasco: as pérolas que se encontram de vez em quando.

tiagugrilu disse...

A,

Vai para o Bitaitão.

(não tu, o bitáite)

Nawita disse...

Grilu,

então é por isso que frequentas as tabernas,pela cóltura não é?


eu vou lá pelo bagaço e minis baratuchas.

Bock disse...

De vez em quando, enfim....MUITO de vez em quando.

Mas é verdade que as tascas têm um encanto especial.

O gajo com o fígado a rebentar, o chão com serradura, o sarro nas mãos do taberneiro, aquele frisson de não saber se será desta que um copo mal lavado nos vai trazer alguma doença menos séria, mas incómoda. Os minuins a acompanhar a mine, o belo do caracol que de cada vez que não é comido volta para a panela para voltar a ser servido, as moelas, as sandes de torresmo, as conversas elevadas sobre futebol.. Ah, as tascas, esse posto de guarda avançado da nossa identidade nacional!

Eu cá gosto de tascas.

Ana disse...

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!

pensei q era o sócrates q só faltavam essas.

e ao berlusconi.

e...bem, a lista nunca mais acabava, né...

Gata das Botas disse...

Aqui na minha "aldeia" havia uma tasca cuja proprietária limpava - e atenção que isto agora é importante - com o mesmo avental os copos, as mesas, as mãos e o nariz. E eu cá estou, forte e sadia. A bem da verdade, acho que tudo o que lá bebi foi pela garrafa...
Entretanto fechou e virou um restaurante para turista.

Isa disse...

Tascas ... a saudade que tenho de entrar numa tasca.
Ás 8 da matina e ver aqueles homens todos de copo de três bem cheiinho, eles com os lábios todos espetados pra não se perder um gota daquilo ...as conversas... ( aquilo é preciso ir-se muito à mesma tasca para se começar a perceber o que é que os habitués dizem, que eles têm um código próprio!)
o cheiro do álcool que paira no ar...ó saudade!

Eu adoro tascas!
E é onde se come melhor! é nas tascas.

tiagugrilu disse...

Sim, de vez em quando não resisto a entrar num tasco para provar a bifana e o tinto. E quase sempre acabo à conversa com os velhotes de bafo a álcool e de aspecto sarnoso.

Não sei explicar porquê, mas ali sentes a verdadeira essência do que é ser português.

tiagugrilu disse...

Ah, e isso do código próprio é bem verdade. Sei algumas coisas, mas sou rookie nessa matéria.